sábado, 6 de novembro de 2010

Retrato de mais um acontecimento absolutamente ordinário

Contemplou a admiração com o amor.
A beleza com a vontade.
Música com felicidade.
Quando conseguiu, tudo passou entre seus dedos.
Já não mais estava lá tudo aquilo que pensava ser perfeito.
Muito proveitoso foi, tivera alguém que o fez abrir os olhos para mostrar a felicidade novamente.
Ela estava perdida, na grande imensidão da tristeza que teima em predominar desde o início de sua real consciência.
É claro, a falta que o fará, e já faz, abriu um imenso buraco exatamente no lugar onde a felicidade havia se instalado.
Sensação que incomoda a cada pulso de vida.
Contudo, na verdade, poderá estar sendo meramente egoísta com um lado que não o predomina, mas que tem plena consistência.
De qualquer jeito, nada tirará a plena satisfação que ele tinha ao tê-la do seu lado.
Agradece, chora, se alegra e guarda consigo sua essência, sua consciência, sua beleza, sua magnificência.
Apreciou, de certa maneira atrapalhada, cada demonstração que ela o deu sobre a sua pessoa.
Admirou cada traço e cada detalhe.
Adorou o que lhe trouxe, seja da forma que tenha trazido.
Gratidão por momentos que, por mais simples que tenham sido, fizeram-no despertar o que era obscuro, e que, com grande possibilidade, jamais havia aflorado.
Pode parecer demais, pode parecer tolo, não interessa.
Porém, ela sabe que trouxera a plena alegria de um lugar onde, há muito, ninguém havia tocado, ou se quer, ousado modificar.

Another cliche, but it is ok...


terça-feira, 2 de novembro de 2010

Você é assim?


Ultraviolet (Light my way)

"Oh, sugar, don't you cry. Oh, child, wipe the tears from your eyes. You know I need you to be strong And the day it is dark, as the night is long. Feel like trash, you make me feel clean. I'm in the black, can't see or be seen. You bury your treasure where it can't be found But your love is like a secret that's been passed around. There is a silence that comes to a house Where no-one can sleep. I guess it's the price of love; I know it's not cheap. I remember when we could sleep on stones. Now we lie together in whispers and moans. When I was all messed up and I heard opera in my head Your love was a light bulb hanging over my bed. " 

sábado, 30 de outubro de 2010

Isto não é criterioso

Eu prometo esclarecer, fluindo de maneira mais preponderante, a respeito das mais insignificantes ações que se relacionam com a sua inimaginária forma de conseguir a maioria das mais insignificantes mazelas existentes nos seu interior.
Nunca fará com que as melodias, ao seu ver prazerosas, consigam fluir ao relento, determinando e dominando fraquezas do seu ser, flertando com terceiros, matando outros demais.
Muito prazeroso ver e atuar, rasgando o ar da forma mais estapafúrdia, arrancando os corações sombrios de pessoas gélidas que insistem em manifestar pelo mais perverso aroma, o qual, da maneira mais simples, atinge aqueles que são desprovidos da imaginação real do mundo perverso que na verdade não existe.
O que realmente evolui e faz sentido é o olhar flamejante daqueles que estão constantemente guerreando pela paz interna, trazendo como aliados aqueles que captam, pelo mais singelo movimento, humanos com a plena capacidade de se revoltarem pelo trágico movimento antimundano.
Vivendo a clamorosa vastidão daquilo que lhe foi dado, será de fácil percepção tudo que fora ignorado e trazido consigo, e tudo aquilo que arrancastes do infinito.
Não estava nem mesmo perto de uma mera tentativa de fazer ou constituir os pensamentos cretinos que dominam as transmissões sinapticas realizadas nos dias de hoje.
Equivalendo às demasiadas formas de interpretação do que não mais está ao seu redor, encontra-se mundos íntimos que chegam a formar um universo social, o qual aplicam-se princípios clamorosos que pulverizam, por demais, mundos terceirizados que se incompatibilizam com aqueles que acabam por o atingir.
Infimamente, os seres captam todas as sinapses, trazendo consigo uma singela forma de concretizar a solução para aquilo que transparece nos demais, formando e transformando tudo que faz uma mera interação parecer a mais extensa forma de consubstanciar uma forma de relação com outra, por mais complexa que ela possa parecer.O parecer e transparecer se chocam de frente.
O parecer não existe frente ao que pode transparecer. Hoje, é clara a tentativa desenfreante de todos modificarem o que parecem para mostrar e refletir a incessante e massiva mentira que assola grande parte das sociedades existentes nesta imensidão mundana.
Sociedades que, a cada dia que se passa, mostram divisões extremas em relação àqueles que as compõem. Obviamente que esta composição fora ininterruptamente irrigada por princípios que datam desde o início das primeiras tentativas da formação de uma real comunidade que buscava um determinado fim. De qualquer forma, desde o inicio, elas já estavam antecipadamente condenadas a propagar o que, hoje em dia, é considerado bom ou ruim, para o ser ou para o conjunto de todas essas sociedades, mais conhecidas como a humanidade.
Grande humanidade, grandes indivíduos, grande mundo. O conjunto em si é autodestrutivo, rumando ao grande dia em que nada pensado ou nada criado fará qualquer sentido. Será nada mais do que algo meramente ocorrido em determinado tempo, em determinado lugar, por um certo indivíduo. Não sobrará nada, nem mesmo as invenções mais poderosas, seja ela física ou intelectual, seja uma escultura ou uma idéia mirabulosa.
A humanidade trabalha para o presente, não faria sentido trabalhar para o futuro. Tratamos aqui do tempo em escala geológica, ou seja, aquele tempo quase infinito, aquele que não percebemos o passar, e que, na verdade, nunca saberemos se será mesmo algo que um dia acabará, ou se será algo que vai além do que as sinapses neurológicas consigam, um dia, mudar de um simples pensamento para algo que poderia nos explicar, metodicamente e empiricamente, e ate mesmo de forma subliminar, sobre tudo que ate hoje fora intensamente “martelado” nas mentes mais superiores, mas que ainda não fora desenvolvida a ponto de revolucionar qualquer imaginação em tal sentido.
Este sim é o inconcluso, o que não podemos se quer dizer algo a respeito. Não há qualquer forma de manifestação que possa, de algum jeito, explicar o que existe unicamente nas mentes daqueles que aplicam vivência ao macro físico. Esta é uma combinação bizarra que para uma minoria faz o maior dos sentidos, aplicando a cada evento conhecimentos e princípios intra ao mega extra.
Extra preponderantemente e absurdamente alucinante, abrangente da forma mais bizarra. Continuadamente alvo de argumentações e preposições que obviamente, na grande maioria das vezes, não encontram bases cientificas para arcar com uma colocação minimamente decente que cause, por parte das pessoas, pensamentos concretos e satisfatórios.
De qualquer forma a completa satisfação, seja ela qual for, será algo inalcançável. Caso ela fosse plenamente palpável, as aspirações e o constante almejar que movem todos fariam com que não mais existisse qualquer ambição e assim não mais haveria sentido no viver de cada dia, de cada ser pensante, ou simplesmente de um mero seguidor de instintos.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Dancing with myself

Já que nao tem a quem recorrer, ingore os demais e vá por si mesmo!
Sentindo sem imaginar o que os outros podem pensar.
Deixando para lá qualquer vibração que possa modificar o que você quer para aquele momento, deixando transparecer as suas necessidades e sua vontade.
Costumo imaginar as coisas sem que os outros imaginem.
Fechar as portas da importância alheia.
Se dividir e pensar que naquele momento só você importa, e nada mais fará que isso possa mudar.
Se dividir e depois sentir que está livre da pressão que o contagia.
Conseguir ter o poder de se desligar, e fazer com que nada mais importe, a não ser você.
Privilegiados aqueles que conseguem.
O que era para ser a coisa mais estúpida do mundo, não existe para a IMENSA maioria.
As vezes melhor ser estúpido, impedindo que o raciocinio lógico destrua certos instintos que todos nós haveriamos de ter.
Complicado é dançar consigo mesmo.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Eu sou...
consequência de você, de quem eu odeio e de quem admiro, por mais que não o admirem.
Conheco lugares e pessoas que, agora, também são um pouco de mim, ou até mesmo muito, sem que eu tenha a mínima noção.
Por um mero acaso descubro este fato.
Por andar por ai e descobrir, numa mera eventualidade, que eu me encontro em outros lugares.
As vezes o EU que encontro já nao é mais o EU atual.
E muitas vezes o EU que encontrarei será o EU que ainda nao sou.
E eu encontrarei isso em quem ainda nao conheço.
Eu me travo na constante batalha de encontrar o que sou no que o mundo me mostra.
O mundo de vários Eu's e Você's.
Você's que na grande maioria das vezes não tem noção de que são pedaços de quem, um dia, nao era mais do que um princípio de criatura sem qualquer fragmento racional.
Sim, você foi inicialmente construido, nao era só o seu EU. O Eu sempre começa a sua construção por vários você's.
O EU tem perspectiva de se libertar futuramente, sair da casca dos você's, mas são raros os que não trazem qualquer fragmento alheio.
Não é uma crítica, somos inerentes aos fragmentos que trazemos, mas cabe ao EU, a medida que sua lógica vai se tornando evidente, distribir o você's, investindo-o ou até mesmo eliminando-o.
Não observo isto na grande massa, mesmo porque nem todos podem se conscientizar a respeito, não sao tantos que alcançam tal condição.
O motivo? Desconheço.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Momento alheio

Simplificar para que?

Se as pessoas estão sistematicamente acostumadas com o dificultar?

Entre em sintonia com os problemas, não tente compreende-los.

Afaste-se da resolução facil, entre na rotina do "burocratizar".

Encaminhe os fatos para o caminho mais longo,

tente nao compreender ...

Esqueça o fácil, absorva as neuras alheias.

Aplique-as à sua vida, e seja mais um.

Difícil compreender, fácil ignorar.

Eu, mais que ninguém, sei.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

"Os médicos comprovaram que tudo que eu como é um veneno mortal e tudo que eu não como é comprovadamente indispensável à vida. Mas assim mesmo eu sigo vivendo."
George Bernard Shaw

terça-feira, 8 de junho de 2010

Anoitecer


e ao anoitecer adquires nome de ilha ou de vulcão
deixas viver sobre a pele uma criança de lume
e na fria lava da noite ensinas ao corpo a paciência o amor o abandono das palavras
o silêncio e a difícil arte da melancolia


Poema: Al Berto

Fotografia: José Lara

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Amours (quel dommage...)

"Amour, mon père
et je ne sais pas comment
Amour, ma mère
et tous ces sentiments
Amour, mon frère
et ma sœur évidement
Amour, serait-ce un jeu
d'enfants à crier tout'l temps ?
Amour, de longue date
qui s'étend, qui s'étend
Amour, avec un grand A
c'est long, c'est long, c'est long"...
Gaëtan Roussel

Enquanto eu lia o livro

Enquanto eu lia o livro, a famosa biografia;
- Então é isso (eu me perguntava)
o que o autor chama a vida de um homem?
E é assim que alguém, quando morto e ausente eu estiver,
irá escrever sobre a minha vida?
(Como se alguém realmente soubesse
de minha vida um nada,
quando até eu, eu mesmo, tantas vezes
sinto que pouco sei ou nada sei
da verdadeira vida que é a minha;
somente uns poucos traços
apagados, uns dados espalhados
e uns desvios, que eu busco
para uso próprio, marcando o caminho
daqui a fora.)
(Walt Whitman)
(tradução José Paulo Reis)

terça-feira, 1 de junho de 2010

Cornerstone

I thought I saw you in The Battleship
but it was only a look alike
She was nothing but a vision trick
under the warning light
She was close,
close enough to be your ghost
But my chances turned to toast
when I asked her if I could call her your name

I saw your sister in The Cornerstone
on the phone to the middle man
When I saw that she was on her own
I thought she might understand
She was close,
well you couldn't get much closer
She said "I'm really not supposed to but yes, you can call me anything you want"
Alex Turner

sexta-feira, 28 de maio de 2010

A real percepção!
Ninguém consegue percebê-la.
Percebe-se, já que não lhe interessa.
Difícil encontrá-los.
Aqueles que podem, aqueles que compreendem, aqueles que instigam e que cada vez mais são ou acabam por serem imperceptíveis.
Praticamente impossível revelá-los.
Os encontrarão espalhados, como animais em extinção, em vasta área de povoamento.
São aqueles que valem a pena compartilhar palavras de plena sabedoria e pensamentos ultra magníficos, daqueles que construímos num não cessar esplendoroso, que cansa por tamanha vontade de não parar de refletir.
Por tamanha magnitude ocorre a incompreensão por terceiros que, se quer, iniciam um lapso de uma mera tentativa de absorção.
Plenamente compreensivo, completamente aceito, frustrantemente comum.
Complicado por definição. É algo com a qual me faz revelar o desgosto por muitos.
Chateado outrora, sagaz por agora.
Incômodo antes, aceito no momento.
É por demais mesquinho. Vivendo e aprendendo, infelizmente.
A tentativa ficará no quase, mas alguma coisa haverei de modificar, sendo na própria mente, sendo no observador.
Parabéns mundo, por fazer da raça um oceano de vazio, com pequenos diamantes escondidos embaixo da areia que teima em escondê-los.

Demasiadamente...

Penso,
Pensam muito, pensam pouco, pensam com preguiça, pensam porque gostam.
A partir do que você pensa? O que faz pensar?
Cada um pensa algo.
Mas o que é este algo?
Necessário desgastar para chegar a uma conclusão?
O algo já é a conclusão que você pensa, para outros.
Outros concluem o seu pensamento.
Todos chegam ao final, porém o final não é o mesmo para todos.
Todos necessitam de algo.
Algo faz agir.
Algo age
Algo determina.
Algo conclui.
Algo é você.
Algo sou eu.
Pensam sobre você.
Pensam sobre mim.
Pensam estar fazendo.
Pensam chegar ao fim.
Agem para finalizar.
Agem a seu favor.
Agem pensando sobre algo.
Algo me faz pensar sobre o mundo.
O mundo pensa em agir.
Só pensa ou age?
Age muito e pensa muito.
Melhor agir ou pensar.
Melhor pensar e agir, ou agir sem pensar?
Agir pouco e pensar muito. É uma conclusão lógica?
Lógico é raciocínio.
Raciocínio é pensar com lógica.
Louco...
Louco pensa muito ou simplesmente não pensa, só age.
Somos todos LOUCOS!
Pensando bem, nem todos, mas grande parte... blá blá blá....

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Em vão...


Saber sem conhecer!
Você sabe?
Você se interessa?
Eu não compreendo, vocês não importam, nós não concordamos.
Muito a ser esclarecido.
Muito a ser prestado.
Muito a ser definido.
Verdades a serem ditas.
Mentiras a serem contadas.
Discernimento não absorvido.
Evidencias obscuras pela névoa da impunidade.
Claudicantes são os passos seguidos pelas pessoas envolvidas.
Ela se quer tentam compreender o porque.
Compreensão exige atenção mínima. Esta exige desprendimento. Este exige tempo. Este não pode ser desperdiçado atualmente.
Engloba-se tudo numa bolha de nada. De conteúdo extremamente vago que se quer percebemos.
Futuramente... no presente, penso no passado.
Entenderei o que penso, quando tiver raciocinado.
Não mais fará sentido.
Exigibilidade não mais cabível. Sentido transposto à sua vontade.
Magnitude perplexa por tudo que produzimos.
Por tudo que hoje é verdadeiro e “correto”.
Sim, correto hoje já não é mais certo, como o errado não é horripilante.
Horrível pensar isso! (?).
O certo é pensar nisso!
O certo é unicamente pensar, de forma racional, e não meramente pelo ato em si!
É necessário conteúdo, em tudo que se faz prezar.
Resistência é o que há. Nem todos temos essa qualidade, tão clamada por muitos.
Porém, como tudo, há quem discorde. Eu discordo e concordo!
Relatividade... tudo é relativo, segundo o clichê!
Nada mais verdadeiro... se for raciocinado.
Tudo se encaixa de acordo com as situações. Tudo pode ser cabível dependendo do que estiver se passando. Tudo pode ser nada, dependendo das ações. Nada pode ser plenamente cabível. Tudo é cabível? Cabe?
Claro que sim, claro que não. Relativo...
De qualquer maneira este é o mundo que vivemos, segundo cantam por ai!
Às vezes eu estava errado. Alias, com certeza eu estava errado.
O erro é um grande acerto na verdade, genericamente.
Genericamente tudo é válido, até a pior coisa que se passou na sua vida (outro clichê).
Através de tais suposições, percebemos a subjetividade de tudo que é concreto e que, na prática, seria incontestável.
Chega-se ao ponto inicial, por tudo que se passa nas nossas cabeças. Ponto inicial. Mais a ser discutido, mais a ser girado e, por uma vez mais, tenta-se concluir o inconcluso.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

"... A essencia seria esta: neste ano, eu vou pensar. Em mim, na vida, nos outros, no mundo, em mil coisas ou numa coisa só - que seja realmente importante. Pensar para ser uma pessoa mais decente; pensar para amar mais e melhor, começando por mim mesmo; pensar para votar com mais lucidez; pensar no que de verdade eu quero, se é que eu quero alguma coisa - ou sou do tipo que se deixa levar pro desânimo, preguiça ou desencanto? Pensar simplesmente para criar meu mundo particular, nao num ataque de loucura, mas de criatividade. Pois o real nao existe, existe o que vemos dele. Dentro de certos limites, podemos, cada um de nós, inventar o nosso mundo: sendo mais céticos ou mais otimistas, com aquele grãozinho de loucura necessário para que haja beleza e claridade e nao vivamos numa caverna de trevas."
Lya Luft - Revista Veja nº1 Ano 43 pg.21

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