sábado, 10 de dezembro de 2011

Por uma personagem, por um amor, por um amigo, pela família.

É complicado!
A observação o faz sentir muito ordinário.
Contudo, somos ordinários.
Seja num ato ou noutro. Mas não em todos.
Extraordinário você pode ser, em um feixe de ações.
Mas ordinário, você será em todas as outras.
A igualdade nos conecta. A igualdade é ordinária (entre você e eu).
O extraordinário te afasta. O empurra dos demais.
Devemos nos destacar. Devemos ser extraordinários?
Não devemos nos estancar. Não devemos nos conectar?
Estancar não é ser ordinário? O ordinário não nos liga?
O que acontece com as relações?
Você precisa de mudanças, necessitamos nos livrar daquilo que nos exaure.
De maneira diversa, vejo tudo isso como meros pontos de vista.
Em qualquer que seja a situação, nada é definitivo. Pelo menos no que se trata de relações humanisticas.
Assim, evidente fica a constatação lógica sobre a incerteza de tudo que encontraremos pela frente, seja numa relação afetiva, amistosa, familiar, etc...
Observo e sempre haverei de observar qualquer palavra endereçada a mim.
Seja qual ela for, seja o tom, seja a forma de dizer, seja ela dita de forma ordinária, ou extraordinária.
Fácil constatação, porém nem sempre absoluta.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

INTRA



Mente aberta.


Livre para acumular, fluir e retribuir.


Estampada de opiniões conflitantes até mesmo no que tem certeza.


Manifestamente feita para simplificar.


Mente que não mente, que não deixa a malevolência influenciar e dela desfrutar.


Construida por princípios tão claros e nítidos, que acabam por fazer com que outros se indaguem a respeito.


Resultado de tristes passagens e de pessoas que marcam. Produto final do que ficara eternamente.


Apesar de consolidada, encontram-se pontos a serem constantemente restaurados e aperfeiçoados. Flagrante nítido da flexibilidade que faz do "ser" algo para o qual devemos separar um lapso temporal com um finalidade específica e aguçante.


Se percebes uma ponta de interesse, porque não separar um tempo para desbravar e, quem sabe, descobrir uma nova mente que irá restaurar alguns "pedaços" daquilo que já pensara estar completamente construido?

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Tudo que você sabe está errado!

Negado como anteriormente

Rejeitado como sempre.

Contudo, florescendo da maneira mais desfavorável, como no mais ácido lugar.

Atrito da razão com a emoção.

Compartilhado com pessoas próximas, que são tão perceptíveis quanto imaginara.

Figurando como o único ser presente, percebe-se do quão fora atingido e desmantelado.

Aquela imagem ainda insiste em permanecer no limbo lógico da sua razão.

Incrivelmente alimentada por um lapso que parecera ter sido enjaulado no seu ser.

Periodicamente a dor aparece, sistematicamente sabe-se da sua presença, e de maneira efusiva acaba por anuncia-la para aquilo ou aqueles que normalmente jamais dariam conta a respeito.

Verificado a preponderância da emoção, mesmo que a experiência ensine o oposto.

O irracional atua de maneira livre e límpida, atingindo cada poro do ser, fazendo-o flutuar no ar carregado dos sentimentos devastadores que afugentam a simplicidade daquilo que o faz forte.

Glorificação é o que resta. Percepção de algo que levará para todos os tempos e dimensões.

Pelo menos por hora.

domingo, 12 de junho de 2011

Translúcido

Mistificado.
Incrédulo por sua relevância.
Bombardeado por sua visibilidade.
Pacífico por seu espirito.
Glorifica-se por entender a sí e por não decifrar os demais.
Bastardo.
Por não se por na mesma categoria.
Por não evidenciar o que faz a grande massa.
Por trazer consigo disparidade quanto à lógica presente nas mentes.
Ganjento
Tomando como base as ideias revolucionárias de outrora.
Garantido a tentativa de uma sadia influência sobre mentes límpidas.
Organizando uma logistica que poucos podem perceber.
Tranca-se em um círculo singelo em todos os sentidos, o qual se torna impenetrável nos dias atuais.
Facilidade plena, contudo distante. Não conseguem captá-la.
Em seus flancos observa-se frestas que tentam absorver o maior número de indivíduos possíveis.
O maior número de indivíduos possível não se importa, se cegam. Ignora... ignorANTES.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

"Pois eu, em tantas noites quietas, escuto neste mato, neste telhado e neste jardim muitas insólitas coisas: mesmo sem nome nem rosto, elas são reais. Batem asas, sussurram, dão risadinhas divertindo-se com minha incapacidade de enxergar melhor o que não cabe em explicações." Lya Luft

sexta-feira, 8 de abril de 2011

É de difícil compreensão perceber sobre tudo que lhe abrange. Eu tento desmistificar aquilo que me parece ser clichê, mas isto teima por prevalecer. Encontrar você me fez perceber. Visualizar a sua pessoa me desperta algo incomum. Encontrar a realidade me traz tudo a tona. Porque ainda insistir naquilo? É um vício, mas ainda assim é sadio. Inexplicável, contudo prazeroso. Arruinante, mesmo que glorificante. A muito tempo insisto em fortalecer as diferenças entre o real e o imaginário. Mesmo assim, continuo na mesma tentativa vazia de encontrar frutos na árvore que ja secou a muito tempo. A água não se faz presente, os frutos, ainda que podres, insistem em tentar trazer um néctar que fará com que a força ainda prevaleça. Porém, percebe-se que a árvore já não mais existe.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Foi inalcançável?

Sentimentalizar sobre tempo passado.
Tentar graduar aquilo que não é mais palpável.
Tentar guardar apenas como se algo bom fosse, mas que ultrapassou o limite do seu querer.
De difícil limitação e necessário como um diapasão.
Não existe um instrumento para tal, mas apenas uma forma de aceitação exordial.
O continuísmo não existirá, e o que restará será apenas algo imaterial, que não se concretizará com o pouco que obtera por breve e única chance.
De algo inimaginável, aparecera como se estivera esperando, mas de maneira menos provável.
A indiscutibilidade a respeito é evidente, a forma como se apresentou, contudo, nem tanto.
Entretanto, observa-se que situações se materializam para que sejam transformadas, e assim mostrando para o próprio ser o quão capaz ele é de absorver e entender que nem tudo deve ser colocado a sua frente da maneira que ele prefere.
A transição do querer para o tornar possível e longa, e deve ser colocada em mente sempre que ela for acionada.
Acionar a mente para que ela transforme o pensamento em ações.
Estas devem ser constantes, assim como o simples ato de se manter vivo.
Viver e agir. Parece ser simples, mas não é para todos.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Muita gente não percebe.
Muito ser humano não sabe o significado.
O que, entretanto, fica claro,
é o sentimento límpido e evidenciado.


© Foto de Vanderlei Almeida/AFP. Uma das fotografias do cachorro que teria passado dois dias deitado ao lado do túmulo de sua dona falecida nas enchentes que arrasaram a Região Serrana do Rio. Teresópolis, 2011.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

E todos choravam!

É verdade!
Aqueles que eu achava não chorar, também choram!
Constatação prevista, mesmo que não imaginável.
Somos todos muito parecidos, quando se trata de sermos familia.
Familia nos termos de convivência, confiança e amizade!
Aqueles que sempre se mostraram enclausurados nas suas limitações sentimentais, de uma hora para outra, se rebelaram, e mostraram a face da normalidade daquilo que todos deveriam, do ponto de vista positivo, trasparecer.
Aqueles são envoltos por névoas periódicas que os fazem minimamente deixar evidente a fraquesa clara e plenamente perceptível do ser que somos.
Fraqueza... não quer sempre dizer que seja algo ruim.
Fraquejar muitas vezes diz respeito a não resistir a algo ruim, rompendo com este para mostrar o bom.
Este fraquejar encontra-se no deixar de mostrar o bom para cultivar e declamar o mau.
Muitos não se atinam para tal.
Muitos não clamam pelo resultado, e simplesmente fluem, sem chorar pelo que realmente é válido!
Assim, pelo que presenciei e constatei, concluo que mesmo aqueles que imaginamos não serem possibilitados, tem sim o seu potencial e também o seu valor.
O que enxergamos é apenas um reflexo desfocado do que a essência realmente representa.
Cabe a nós buscarmos visualizar a realidade presente na unidade de cada um, daqueles que pensamos nós realmente valer a pena.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Definitivamente.

Compaixão é coisa que se aprende em casa
Costumo dizer que aprender sobre a empatia faz parte da educação. Assim como generosidade, amizade e compaixão.
Eu tinha mais ou menos oito anos: minha mãe e a Teresa, minha irmã, juntavam roupas, lençóis, comida e brinquedos e íamos para a casa do Vicente, passar o dia. Pra mim, e para minhas outras irmãs, pouco mais velhas, era uma festa.
O Vicente era um pedreiro e pintor de paredes que vivia com a mulher e nove filhas num casebre na cidadezinha do interior de Minas, numa rua de terra batida e muitas árvores. Lembro que era uma casa branca por fora e escura por dentro, de cômodos pequenos e com um odor peculiar que até hoje minha memória olfativa mantém guardado.
Lembro que a filha mais velha, a Cida, tinha olhos azuis e tranças compridas muito louras. Ela era doente mental, mas ria e balbuciava palavras enquanto nos abraçava. E lembro de uma das mais novas, a Solange, que eu gostava de fazer de boneca. Havia um bebezinho e todas as outras meninas, cujos nomes se perderam na minha lembrança.
As visitas eram sempre em dias de sol, quando a Teresa nos levava para debaixo de uma mangueira e nos contava histórias de princesas, inventadas na hora. Brincávamos no quintal a tarde inteira, correndo em meio às galinhas e aos cachorros magrinhos e mansos. Lembro da alegria da mulher do Vicente, e dele próprio, que sorriam benevolentes, com um olhar de gratidão quase infantil.
Eu era criança, e mesmo sem entender muito bem as coisas, me comovia com aquilo. Ao fim do dia, quando íamos embora, sentia sempre uma alegria meio triste, que não entendia bem. Precisei de alguns anos para entender que o que eu sentia na hora da despedida era compaixão.
Foi assim que minha mãe nos ensinou sobre a generosidade, enquanto a Teresa falava que a visita era tão importante quanto os donativos, talvez até mais.
Um dia me mudei da cidadezinha, cresci e nunca mais vi aquela família, embora jamais tenha me esquecido daqueles dias que ficaram em minha memória como imagens mágicas, com uma luz dourada de infância.
Eu já estava com mais de trinta anos quando voltei à cidade e, enquanto subia uma ladeira, alguém gritou meu nome. Era um homem velho, de chapéu de palha, sentado sozinho no banco da praça.
-- Vicente! – gritei, como se encontrasse alguém de outro mundo.
E ali, naquele fim de tarde, voltamos àqueles dias tão vivos, enquanto pude rever, nos olhos dele, a mesma gratidão infantil do passado. A mesma gratidão infantil que boiou também nos meus olhos, quando nos reconhecemos amigos que o tempo não afastou.
*fonte: http://www.jblog.com.br/almalavada.php

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