terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Mero delírio?

Apesar da incessante presença na vida, a religião pode ter se tornado para mim uma ordinária explicação para problemas de difícil resolução ou compreensão.
Existe um pesar nesta constatação, uma vez que uma das minhas maiores referências em tudo, tinha uma plena convicção a respeito do que abrange este assunto.
De qualquer maneira, chego a esta conclusão depois de um lampejo de racionalidade, que me ocorreu sem qualquer esforço.
Deveria existir algum fundamento inicial para que pudéssemos remeter todas as explicações para o inexplicável.
O ser humano, quando fosse questionado a respeito do que não havia resposta, em tempos que havia muito mais complexidade em tudo, diligenciava tais respostas aos Deuses. Vide a infinidade deles.
Bom. Em um raciocínio lógico, podemos concluir que muitas pessoas inventam ações, assuntos, possíveis conhecimentos, com o propósito de obter para si vantagens e demonstrar interesse.
Com o passar dos longos anos, desde que um possível representante de Deus esteve entre nós, muita gente de caráter duvidoso versou sobre a sua vida, seus atos, e tudo que abrangia a sua passagem entre os mortais.
Se nós, tempos de hoje, com toda a facilidade de obter informações, de averiguar fatos, somos surpreendidos com a certeza do que não teria acontecido, imagine sobre o que se passou há mais de dois mil anos, em um mundo que os seres humanos, como nos dias de hoje, em sua vasta maioria, inventavam mais do que contavam sobre a realidade.
Toda a situação tem a ver com o questionamento.
Somos o que somos, em eras e passagens diversas.
Diante de tais questionamentos, não é de difícil compreensão que muita gente duvide sobre a legitimidade de algo superior.
É a lógica! É o racional. Não se chegaria a tal conclusão sem prévio conhecimento e alguma explicação.
Podemos citar até mesmo o que dizem a respeito do que se passou com Jesus para podermos questionar.
Se o próprio teria sido traído por um simples mortal, que era um de seus apóstolos, por que não, nós, simples seres humanos, não poderíamos cair em contos que foram passados de gerações em gerações?
É algo que, de certa forma, torna-se de simples compreensão. O confiar ou não na generalidade da nossa espécie.
Se nós mesmos não confiamos em nossos próximos, as conclusões tiradas plenamente em torno do que teríamos contado não teria qualquer credibilidade.
Não existe, em minha simples compreensão, nada que possa diagnosticar a certeza de fatos ou versões de acontecimentos de difícil compreensão, que tenha se passado em tempos remotos, em que apenas a “tradição” pudesse nos fazer acreditar.
Diante de tudo, tenho a plena convicção de que não sou nada para emitir qualquer parecer sobre o que realmente é ou não é. Apenas posso tirar conclusões a partir de considerações dosadas e relativamente racionais.
Pelo que percebo, pelo que concluo, e sobre as generalidades humanas, acabo por pensar de tal maneira. Mas mesmo diante disso, sei e tenho consciência de que também posso estar plenamente errado.
Não tenho qualquer conhecimento diferenciado de uma grande maioria de pessoas que já versaram a respeito, e tiveram conclusões diversas das minhas.
O que vale é o pleno raciocínio.

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