sábado, 6 de novembro de 2010

Retrato de mais um acontecimento absolutamente ordinário

Contemplou a admiração com o amor.
A beleza com a vontade.
Música com felicidade.
Quando conseguiu, tudo passou entre seus dedos.
Já não mais estava lá tudo aquilo que pensava ser perfeito.
Muito proveitoso foi, tivera alguém que o fez abrir os olhos para mostrar a felicidade novamente.
Ela estava perdida, na grande imensidão da tristeza que teima em predominar desde o início de sua real consciência.
É claro, a falta que o fará, e já faz, abriu um imenso buraco exatamente no lugar onde a felicidade havia se instalado.
Sensação que incomoda a cada pulso de vida.
Contudo, na verdade, poderá estar sendo meramente egoísta com um lado que não o predomina, mas que tem plena consistência.
De qualquer jeito, nada tirará a plena satisfação que ele tinha ao tê-la do seu lado.
Agradece, chora, se alegra e guarda consigo sua essência, sua consciência, sua beleza, sua magnificência.
Apreciou, de certa maneira atrapalhada, cada demonstração que ela o deu sobre a sua pessoa.
Admirou cada traço e cada detalhe.
Adorou o que lhe trouxe, seja da forma que tenha trazido.
Gratidão por momentos que, por mais simples que tenham sido, fizeram-no despertar o que era obscuro, e que, com grande possibilidade, jamais havia aflorado.
Pode parecer demais, pode parecer tolo, não interessa.
Porém, ela sabe que trouxera a plena alegria de um lugar onde, há muito, ninguém havia tocado, ou se quer, ousado modificar.

Another cliche, but it is ok...



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